segunda-feira, 27 de julho de 2009

Jardim de Inverno

Sinto, mas algo não me deixa, não me permite, não me encoraja.
Sinto, mas você não me procura, não me faz segura, não me jura.
Sinto, e quero também te fazer sentir, mas eu não posso, ninguém pode.
Ah! Que vulcão é esse que me pertence, que me sufoca?
Pergunto-me: De que valem as borboletas se o jardim não está florido?
Mas que flores são estas que não crescem nunca?
Só crescerão quando regarmos juntos este imenso e seco jardim de inverno?
Me diga de que valem as lembranças se o amor não é alimentado?
E de que vale o amor se ele é distante, se ele é amante?
É. Talvez eu ainda não tenha me dado conta no quanto eu acredito
na história recíproca e infeliz.
Devo tanto nela acreditar que meu inconsciente a plantou dentro de mim.
É. Talvez você ainda não tenha se dado conta do quanto eu te quero, te venero, te espero.
A pergunta ainda não tem resposta, já as respostas cada vez mais imaginadas, cogitadas, calculadas.
Me leve embora deste mundo imundo, deste gigante caos profundo, me deixe fazer a sua história, participar de toda a colheita, plantar flores com você.
Maior que o tempo que já esperamos, maior que o tempo que está por vir, maior que toda a história da qual somos protagonistas, é o meu amor por ti.

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