segunda-feira, 20 de julho de 2009

A pergunta é simples


Eu sei sim qual é a pergunta. Encontrei-a há algum tempo já, mas tive plena certeza e coragem para fazê-la só hoje, agora.
Gosto de tê-la comigo. Imagino como será o seu olhar quando eu a pergunta fizer.
É, ele já me diz tanto e, por mais tempo que ficamos sem nos ver, sem nos falar, um dia eu vi o que ele deseja, o que ele me diz quando nossos olhos se cruzam, quando nossos corações palpitam, quase saindo pela boca, quando nossas palavras se embaralham, quando a nossa respiração se altera, quando nossas mãos se tocam, quando nosso abraço nos envolve e nos faz perder o controle...
Eles se beijam e trocam belas palavras, calorosos carinhos, em silêncio. E eu já fico tão feliz por isso!
Gosto mesmo de não ter respostas concretas. Gosto de possibilidades. Gosto de imaginar. Gosto de pensar. Gosto da saudade, do possível, do imprevisível e do improviso. Deve ser por isso que guardei-a por tanto tempo assim.
A sensação acabou dominando a minha curiosidade e até a minha vontade de te ter mais por perto!
De repente, me pego pensando se sou somente eu que deixo de lado esta velha nova questão.
Não sei ao certo o momento exato de perguntar (disso o tempo se encarrega), mas sei que o farei, e sinto que será em breve.
Eu gosto muito também deste não saber, desse 'pode ser', desse 'mas e se'.
Isso acaba deixando tudo mais surpreendente, emocionante.
A pergunta importa, pra mim, bem mais do que a resposta.
As respostas podem ser muitas. A pergunta é uma só.
No entanto, não adianta de nada ficarmos só na formulação, no pensamento, 'mirabolando', 'imaginando' qual será a resposta: se ela irá me agradar, me magoar, se as coisas vão mudar pra pior ou pra melhor depois dela e bla bla bla. O lance é correr o risco. É gostoso também.
Chega uma hora que a gente não se aguenta (e nem deve mesmo tentar se conter) e essa, é a hora de perguntar:

Vamos encontrar borboletas juntos?

Eu não disse que era bem simples...

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