segunda-feira, 29 de junho de 2009

Amor recíproco infeliz

Até quando eu não sei, mas eu acredito sim que quem está apaixonado está sofrendo.
Na maioria das vezes, ligamos o 'sofrer' a aspectos negativos, visualizamos o sofrimento como algo ruim e desesperador. Não que seja algo prazeroso, mas é possível enxergar prazer no sofrer 'positivamente': quando temos dores e as suportamos, ao experimentar prejuízos, ao permitir um sentimento acontecer, aceitamos correr riscos de a pessoa corresponder ou não ao que sentimos.
Tudo muito válido e muito bonito no papel, já na prática é bem diferente. Não acho justo, de jeito nenhum, alguém aparecer nas nossas vidas, transformar o que ainda não era 'certo' nos nossos planos, nos enxer de alegria e se mandar. Desta vez, não falo como 'a vítima do momento', como muitas vezes fui. Pior que isso. Definitivamente, eu gosto de sofrer e, não seria justo fazer ninguém sofrer comigo, portanto aceito a solidão como companheira até, um dia, parar de gostar deste tal sofrimento (é, existe sim a esperança de um dia me desconcentrar deste estranho gosto e ser feliz sem precisar gostar de sofrer, embora eu pense que não gostarei tanto assim desta nova forma de 'sentir', não acho que ela seja tão 'real').
Enfim, a idéia me agrada. A idéia de que sofrimento combina com o amor, eu falo assim de amor de verdade, daquelas histórias bonitas em que os mocinhos não podem ficar juntos e passam a vida inteira pensando um no outro, muitas vezes se encontrando às escondidas e mirabolando um plano para fugirem juntos...mesmo o final já sendo premeditado: os dois morrem no mesmo dia, matando assim 'o amor' que nunca não deixaria de existir. Acho essas histórias as mais bonitas, as mais sofridas, as mais reais e 'de verdade' que poderiam existir.
Utopia? Conto de fadas? Não. É só como eu vejo o amor. Claro que tudo é muito relativo e eu gostaria de colocar aqui muito mais do que penso, mas o café já está pronto, contudo as malas ainda não, preciso me apressar se não perco este vagão - daqui alguns dias voltamos a este ponto.
Portanto, estou eternamente apaixonada pelo sofrimento, pode ele não ser mais 'tão' sofrido um dia, apesar de ser esta a melhor parte de tudo, mas enquanto ele estiver em mim, me alimentarei do seu sofrer até...
mudar de idéia ou a idéia mudar.

domingo, 28 de junho de 2009

Onde fui parar?

Eu me perdi de mim, portanto vou tirar o dia hoje para me encontrar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Frio de Terno


Frio de gente, frio de mente, frio presente.
Frio de clima, frio sem rima, frio.
Frio de gostar, de arrepiar, frio de amar.
Frio de futuro, frio de muro, inseguro.
Frio de amor, frio de calor, frio onde for.
Frio de passado, frio de amado, frio gelado.
Frio de medo, de segredo, de enredo.
Frio da janela, frio que congela, frio que atropela.
Frio de cores, frio de amores, frio de flores.
Frio da paisagem, frio da passagem, da imagem.
Frio de coberta, de descoberta, de porta aberta.
Frio de história, frio de memória, frio de vitória.
Frio de terno, frio interno, frio eterno.
Frio de mim.

terça-feira, 23 de junho de 2009

'Retro excesso'

Talvez em palavras, não consiga transmitir a minha revolta quanto a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo fim da exigência do diploma de jornalista.

Uma decisão equivocada, sem dúvida alguma: como se o diploma fizesse da pessoa ela talentosa ou não para exercer a profissão, como se este simples papel, entre outros que também podem ser comprados por aí (infelizmente) pudesse provar o dom, a vocação de quem realmente quer fazer acontecer o jornalismo 'limpo'.

Por outro lado, é inadmissível não ser obrigatório o diploma, podendo qualquer pessoa, formada em qualquer coisa, escrever sobre qualquer fato. É assim que caminharemos? Para qualquer lugar nenhum? Informando ao povo qualquer notícia, elaborada de qualquer jeito, por qualquer diplomado? Sem conhecimentos teóricos, que é o que se encontra na faculdade, que é o que se aprende, ou pelo menos é o que deveria ser aprendido por quem realmente quer INFORMAR, não simplesmente se FORMAR, não é possível evoluir na idéia de levar a informação adiante.
A idéia é então tratar o povo como qualquer um?

Há muito, a profissão deveria ser levada mais em consideração. Não se tratando somente de salário ou reconhecimento. O mais relevante é a preocupação com o ato de levar informação a um público que já está farto de desinformação, que ansia por formar opinião.

O fato é que somente através da prática, de conceitos e da história é que se aprimora um trabalho, e isto deveria ser ainda mais válido no caso da nossa profissão, pois se ainda não ficou claro, já está mais do que na hora de enxergar o quanto o trabalho do jornalista é importante para toda a história, para toda a NOSSA história.

Com certeza é um tremendo retrocesso para o país esta decisão, e este pessoal está é com excesso de desinformação, só pode ser isso.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

V

vejo vagos vagões vagando,
vejo velas, veleiros, viagens,
vejo velhos, violões, paisagens,
vejo vida, você, miragens,
vejo vasos, violetas, verdades,
vejo verde, vinis, vontades,
vejo vulcões, vogais, vorazes.

Sabe de uma coisa?

Estou muito feliz por ter agora um blog.
É sim, é verdade.
Eu demorei demais para fazê-lo.
O motivo? Ah, a preguiça, o tempo, a Susana, sei lá.
Alías, quer saber de outra coisa?
Eu demoro demais entre o pensar e o agir.
Até mesmo nas situações mais banais do dia-a-dia.
Este 'tempo' entre a minha mente a a minha ação
precisaria diminuir.
Convém mesmo é rever alguns conceitos e retomar antigos hábitos.
Hábitos! Conceitos! É.
Conceitos tornam-se hábitos.
A partir de hoje será um hábito escrever no meu blog porque
tenho como conceito ser necessário a prática da escrita.
Por quê? Porque gosto mesmo é de escrever (pelo menos
foi o que eu consegui descobrir até agora) e, pretendo utilizar esta
minha descoberta durante a minha vida toda.
Eu já escrevi mais, já li mais, já ri mais.
Chegou a hora da renovação do acervo mental aqui.