terça-feira, 27 de abril de 2010

Mulher



Sentimentos envoltos de uma maneira intensa: do que ficou, do que passou, do que marcou.
Uma verdade é absoluta: momentos e movimentos vêm para nossa evolução e para fazer o sentido acontecer em nossas vidas.
Eu parei neste momento, parei neste final de semana, parei para pensar, refletir e realizar. Parei para viver, aprender e amar.
Não foi aquele parar de estacionar, mas sim um preciso parar para sentir.
Sentir aquilo que está acontecendo do nosso lado e que não nos damos conta.
Sentir aquela brisa do mar no nosso rosto e reinventar aquilo que achamos que não existe mais, que não tem mais jeito.
Acreditar, acho que é o que está acontecendo. Acreditando no desacreditado. Passado que passou, presente que ficou e fica.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Encontro




O que a gente diz não ver, a gente simplesmente vê bem visto, melhor impossível.
O que a gente não diz, a gente pensa e isso já basta.
O que a gente só não consegue é deixar de sentir.
Isso sim é impossível. Não tem como deixar de ver, saber, enxergar, dizer, falar, pensar.
A gente até pode deixar pra lá, fazer de conta que não é.
Até quando eu não sei, não entendo também o motivo, sei lá.
Eu entendi hoje aquelas palavras que o povo diz: 'Os olhos são as janelas da alma'.
Pois é, eles não enganam, eles não mentem, eles nem precisam dizer nada, só olhar.
E 'só' olhar faz com que elas se encontrem de uma maneira que até assusta. E a gente deixa isso pra lá.
O amor, ele assusta, ele é bom demais pra ser verdade.
O mundo, se fosse amor seria bem diferente desse que a gente conhece.
É através dos nossos olhos que a gente permite o amor tomar conta da gente.
E eu quero te olhar eternamente.

Hoje

Hoje eu decidi por não mais insistir em algo que persisto há muito, entendi finalmente que passado um tempo isto tem o nome de burrice.
Hoje eu decidi ter coragem para dizer aquilo, quase que exatamente, eu precisava ter dito algum tempo atrás e tinha medo de fazê-lo.
Hoje eu decidi que preciso ser mais eu, assumir o que penso, o que faço, meus desejos, minhas virtudes.
Hoje eu acordei e vi o dia de sol batendo na janela do quartinho de costura e agradeci imensamente por estar viva.
Hoje eu entendi que a gente demora mesmo pra enxergar aquilo que está bem debaixo do nosso nariz, o que a gente não quer ver, ora por amor, ora por dor, mas acaba entendendo por um ou por outro.
Hoje eu percebi que existe muito ainda neste mundão afora para se conhecer e se descobrir e, a hora é agora.
Hoje eu compreendi que não devo esperar nada das pessoas.
Hoje eu me senti humana, me senti gente que pode, que consegue, que vive.
Hoje, durante o almoço, o tempo parou e com ele eu consegui entender essas coisas, e foram em apenas trinta minutos, meia hora de um intenso momento as quais fizeram com que eu enxergasse a existência de muita coisa além daquelas que estão ao nosso redor. Um algo assim tão simples e tão complexo ao mesmo tempo.
Hoje eu quero explorar o mundo, as gentes e os por quês, e só de pensar que um dia eu pensei em não querer mais nada além de você junto comigo, eu me arrependo amargamente e morro de vergonha por isso ter estado em minha mente por mais de alguns minutos.
Hoje eu percebi mais um pouquinho quem exatamente sou eu, encaixei uma pecinha daquele quebra-cabeça gigante que a gente leva a vida inteira pra terminar de montar.

sábado, 17 de abril de 2010

Um novo parágrafo com letra maiúscula

Nada como um chá da tarde para aliviar os neurônios pensantes.
Nada como passar a manhã com um serzinho (digo no diminutivo por ele, ainda, ser pequenino) que te faz acreditar um pouco mais em você e neste mundão de pernas pro ar.
Sábados são dias serenos, são dias que poderiam ser ainda mais tranquilos se não fossem meus pensamentos.
Um velho desejo de fazer algo acontecer que não depende de mim, totalmente.
Um almoço hoje me permitiria dizer palavras antigas que engasgadas estão há tempos. Eu estava pronta, mas somente eu, pelo visto.
O almoço aconteceu, não da forma planejada, imaginada, pensada: fomos eu e eu mesma.
Não que eu já acreditasse (não mesmo) que você não ligaria, não iria, esqueceria.
Mas também, não preciso dizer quem é que está sendo insistente nisso, se já é a quarta vez que o fato se repete e continuo remarcando, persistindo na já lendária conversa legal.
Imaginei que uma ligação desmarcando, ao menos, acontecesse. Consideração e educação fazem parte do meu vocabulário, mas somente do meu, pelo visto.
Eu tenho alguns vários pontos desta história toda que consegui já encontrar: ponto de interrogação, ponto e vírgula, exclamação..Guardei-os com todo amor que alguém pode ter..Mas precisa é haver amor em todas as frases, pois se não ele de nada vale. Pois bem, preciso é de uma ajuda pra encontrar o último deles, aquele que faz uma pausa grande e nos obriga a começar na linha de baixo, depois de dois dedos um novo parágrafo com letra maiúscula.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

De um velho lugar novo

Aqui estou eu depois de quase completos 4 meses de sumiço total.
Pois bem, a vida é mesmo uma loucura, não!? Ou somos nós que a fazemos ou a queremos desta forma?
Pode ser até uma visão minha, apenas.
Enfim, hoje amanheceu cor-de-rosa aqui em Jundiaí e permaneceu o dia todo com esta cor.
Ora ela intensificava-se de maneira com que eu me sentia feliz e segura da decisão tomada, ora ela clareava gradativamente fazendo com que eu retomasse alguns pensamentos passados, ou planos antigos.
A cabeça da gente é cheia de muitas letras. São letras que não acabam mais e não nos dão trégua formando palavras, frases, textos e histórias mirabolantes que a gente quer acreditar.
As coisas agora mudaram: é comida mineira da vovó todos os dias, era uma ajudinha no telefone pra titia, cafézinho da tarde e estadia quase que diariamente, conselhos das titias queridas a todo momento, puxões de orelha do Cidão (que agora está se divertindo lá no nordeste, estou com saudades), dicas quentes das meninocas de Sampa, ventinhos secos já a tardezinha da antiga terra nova.
É, escolhi voltar, escolhi sentir, escolhi viver.
Vou-me agora depois de me perder com o post do retorno, pois parei para conversar sobre as dificuldades na comunicação entre as pessoas com o Betinho, sobre a festa dos anos dourados de sábado com sua excelentíssima esposa Neuzita, sobre o sorvete cremoso e delicioso do domingo lá na babilônia com a Terezinha e combinar a sessão cinema Chico Xavier amanhã com a formosa Carminha.
Preciso retomar por aqui, minha mente não está nada boa com as letras, estão elas um tanto confusas.
Melhor eu ir fazer massagem na vovó e ler algumas crônicas que me fazem rir.
Tomar um chá de camomila e em algum plano insistir.